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Cresce 48% o número de divórcios registrados em cartório em SP

O número de divórcios registrados em cartório no Estado de São Paulo cresceu 48,5% no ano passado segundo dados divulgados pelo CNB-SP (Colégio Notarial do Brasil). Ao todo, foram realizados 13.909 divórcios em cartório em 2011.

[Folha SP, 14 mar 12] O CNB-SP credita esse aumento a emenda constitucional publicada em julho de 2010, que extinguiu os prazos necessários para a realização do divórcio. Antes, era preciso estar separado judicialmente há um ano ou separado de fato por dois anos para o casal poder se divorciar. Continue lendo

São Paulo é 4ª cidade do mundo com mais investimentos estrangeiros em 2011, diz estudo

A cidade de São Paulo é a quarta no mundo que mais recebeu investimentos estrangeiros em 2011, segundo um estudo divulgado nesta quarta-feira em Paris e que integra 22 grandes cidades internacionais.

[Daniela Fernandes, BBC Brasil, 14 mar 12] A capital paulista avançou três posições no ranking em relação ao ano anterior, segundo o estudo “Observatório dos Investimentos Internacionais” – realizado pela consultoria KPMG e pela agência de investimentos francesa Paris-Ile de France Capital Économique. Continue lendo

Homofobia & Cristãfobia: protesto contra toda intolerância

Sou cristão. Sou contra a homofobia e toda e qualquer forma de intransigência. Defendo a vida, a liberdade de escolha e de expressão, inclusive dos que pensam diferente de mim.

Sou cristão. Chamado a servir aos necessitados, entre eles, os enfermos nos hospitais, independentemente de sua raça, religião, condição econômica e opção sexual. Seja individual e informalmente, ou organizada e institucionalmente através da ‘ACEH – Associação de Capelania Evangélica Hospitalar’, buscamos estar junto aos que sofrem. Continue lendo

Lançamentos em SP põem em xeque função dos shoppings na cidade

Especialistas defendem projetos que facilitem a circulação das pessoas e não seu isolamento.

[Mariana Della Barba e Maurício Moraes, BBC Brasil, 28 fev 12] A abertura de grandes lojas deu nova cara à Avenida Paulista nos últimos anos. Agora, o lançamento de um novo shopping na via mais conhecida de São Paulo e outras inaugurações na vizinhança reforçam a vocação comercial da região, mas também dividem os especialistas sobre a viabilidade e a sustentabilidade de tais empreendimentos na cidade.

Até 2014, a região da Paulista e do bairro dos Jardins, que já concentra um grande número de lojas, ganhará dois novos shoppings. O mais vistoso deles será o Cidade de São Paulo, que está sendo levantando no terreno da antiga residência dos Matarazzo, na esquina da Avenida Paulista com a Rua Pamplona. Continue lendo

Ansiedade é transtorno mais comum na Grande São Paulo

Uma pesquisa que mapeou a frequência de doenças mentais na Grande São Paulo mostra que os transtornos de ansiedade, como estresse pós-traumático, fobias e síndrome de pânico, lideram e estão presentes em 20% da população.

[Mariana Versolato, Folha SP, 25 fev 12] Depois vêm os transtornos de humor, como depressão (11%), de controle de impulsos (4,3%) e por consumo de drogas (3,6%).

Os dados são do projeto São Paulo Megacity, um estudo realizado pelo IPq (Instituto de Psiquiatria) do Hospital das Clínicas de São Paulo com 5.037 residentes dos 39 municípios da região.

A amostra é representativa das cidades, e as entrevistas foram feitas pessoalmente entre 2005 e 2007.

Dados preliminares já haviam sido apresentados em 2009, mas agora a pesquisa completa, que faz parte de um grande estudo mundial, foi publicada na revista científica “PLoS ONE”. Continue lendo

Tráfico de jovens teria comando no Nordeste

Investigações sobre rede de exploração sexual depende de trabalho conjunto entre polícias.

[Cleide Carvalho, OGlobo, 12 fev 12] O promotor da Infância e Juventude do Ministério Público de São Paulo, Thales de Oliveira, afirmou que investigações feitas pela polícia paulista sobre a rede de tráfico de adolescentes indicam que o comando da quadrilha estaria no Nordeste do país. Segundo ele, o avanço das investigações depende de um trabalho conjunto.

— Já há investigações em andamento também no Pará e no Ceará — afirmou.

Oliveira diz que adolescentes trazidos de outros estados, que receberam próteses de silicone e hormônios para se tornarem transexuais, se arrependeram do que fizeram como próprio corpo e falaram sobre o esquema. Continue lendo

Dartiu Xavier da Silveira: Crack é usado por miseráveis porque é barato [Entrevista]

“O poder público partiu do princípio de que a droga colocou aqueles usuários em situação de miséria, quando na verdade foi a miséria que os levou à droga”.

[Maria Inês Nassif, Carta Maior, 17 jan 12] O grande equívoco da ação policial do governo do Estado de São Paulo e da prefeitura da capital na chamada Cracolândia, o perímetro onde se aglomeram moradores de rua e dependentes de crack na cidade, definiu, de cara, o fracasso da operação: o poder público partiu do princípio de que a droga colocou aqueles usuários em situação de miséria, quando na verdade foi a miséria que os levou à droga. Esse erro de avaliação, segundo o psiquiatra e professor Dartiu Xavier da Silveira, por si só já desqualifica a ação policial.

Professor do Departamento de Psiquiatria e coordenador do Programa de Orientação e Assistência a Dependentes (PROAD), Faculdade de Medicina da Universidade Federal de São Paulo, Silveira há 25 anos orienta pesquisas com usuários de drogas e moradores de rua, normalmente patrocinadas pela Organização das Nações Unidas, e tem sido consultor do Ministério da Saúde na definição do Plano de Combate ao Crack. Nas horas vagas, ele desmistifica os argumentos usados pela prefeitura, município e uma parcela de psiquiatras sobre usuários de drogas. Continue lendo

Política higienista? Não, dever constitucional ~ por Cappelletti, Melo e Borges

[Folha SP, 14 jan 12] Quando o governo procrastina, o resultado é quase sempre desastroso. O descalabro da cracolândia é um desses casos.

Há 15 anos, algumas ruas do centro velho de São Paulo foram tomadas por uma nova droga, o crack. Durante o dia, os usuários desapareciam. Escondiam-se em canteiros de avenidas, em hotéis baratos e em organizações não governamentais (na maioria dos casos, religiosas).

À noite, quando as lojas se fechavam, como no clipe “Thriller”, de Michael Jackson, maltrapilhos e moribundos “surgiam”. Hordas de “batmans”, enrolados em cobertores, atacavam transeuntes e moradores para poder levar algo que permitisse comprar pedras de crack.

Autoridades? Sim, a Polícia Militar fazia rondas. Às vezes, fazia abordagens ou um estardalhaço com algumas dezenas de homens. Continue lendo

Cristolândia vira refúgio de dependentes após operação da PM

Usuários de drogas, desgarrados da multidão maltrapilha da cracolândia, fazem filas diariamente em busca de abrigo na porta da Cristolândia, um misto de igreja e centro comunitário, que funciona na região central de São Paulo há quase dois anos. O local virou refúgio após início da operação policial no local.

[Eliane Trindade e Apu Gomes, FolhaSP, 13 jan 12] Com a presença ostensiva da PM na região, a missão Batista passou a funcionar em esquema de plantão, com suas portas abertas 24 horas para a galera acuada do crack. O projeto encaminhou nos últimos 22 meses cerca de mil usuários para internação e centros de formação evangélica.

Nas duas últimas semanas, o número de internações, via Cristolândia, bateu o recorde de 90. “Fazíamos uma média de 40 por mês. Já chegamos ao dobro disso em dez dias e vamos abrir novas 200 vagas”, contabiliza o pastor Humberto Machado, 53, coordenador da missão.

 

Vitórias na luta contra o crack

O pastor João Carlos Batista: paciente trabalho de corpo a corpo no coração da Cracolândia

As frentes de batalha na capital que estão colecionando avanços contra uma das drogas mais devastadoras do país

[Pedro Henrique Araújo, Veja, 18 dez 11] Cerca de 500 pessoas invadem a pista na Rua Helvétia, entre as alamedas Cleveland e Dino Bueno, nos Campos Elíseos. Todas viciadas em crack. Portando pequenos cachimbos, a maioria age em ritmo acelerado e tem as pupilas dilatadas. Entre os que fumam a droga ao ar livre, há uma mulher aparentando estágio avançado de gravidez. São 8 horas da noite e a Cracolândia funciona literalmente a pleno vapor. Muitos ficam dentro dos “mocós”, como são chamadas as casas abandonadas da região que eles invadem. Alguns buracos nas paredes abrem caminhos escuros, estreitos e malcheirosos — e neles se escondem mais usuários em meio a ratos, baratas e a todo o lixo acumulado.

João Carlos Batista, de 45 anos, mais conhecido como João Boca, líder da Missão Cena (Comunidade Evangélica Nova Aurora), anda por ali como se estivesse no quintal de casa. Ele visita o local diariamente há quinze anos. Aproxima-se dos “noias”, faz brincadeiras, dá conselhos e os convida a frequentar um abrigo da igreja localizado na Luz. Segundo seus cálculos, 15% das abordagens têm final feliz, o que teria resultado na recuperação de 130 dependentes até hoje. “Parece pouco, né?”, diz o pastor. “Mas é muito por se tratar desse tipo de tóxico. Quando um cara termina os nove meses do nosso tratamento, tenho quase certeza de que não voltará para cá.” Continue lendo

Droga mais devastadora que o crack é vendida na noite paulistana

Comprimido de metanfetamina chega a custar R$ 200 e é confundido com ecstasy.

[Jaqueline Falcão, O Globo, 13 dez 11] Confundida com comprimido de ecstasy, a metanfetamina é a droga do momento em baladas em jovens de classe média alta em São Paulo. Seu efeito é mais devastador que o crack. Um comprimido chega a custar R$ 200 e garante euforia de oito horas e potência sexual de até 30 horas. A “potência” do comprimido azul e a curiosidade em experimentá-la fazem aumentar o consumo da droga na capital. Neste ano, a Polícia Federal de São Paulo apreendeu 145.333 comprimidos no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na Grande São Paulo. A Polícia Federal não informou dados de apreensões em outros estados.

Os comprimidos de metanfentamina chegam mesmo, muitas vezes, a confundir a própria polícia. Muitas apreensões foram feitas como ecstasy. Mas a substância só era descoberta, segundo a polícia, quando a análise feita por laboratórios apontavam resultado negativo para ecstasy. E posteriormente se confirmava se tratar de metanfetamina em forma de comprimidos. Isso explica as sete apreensões na capital e região do Grande ABC, neste ano. Continue lendo

Paulistas vivem mais tempo na casa dos pais, diz Ipea

[Folha SP, 6 out 11] Para estudar as diferentes inserções de migrantes na sociedade paulistana, os pesquisadores do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) que realizaram o estudo Perfil dos Migrantes em São Paulo dividiram os moradores da região metropolitana de São Paulo em grupos de nativos de diferentes Estados brasileiros e de estrangeiros. O estudo leva em conta os dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) de 2009, feita pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Uma primeira diferença que chama a atenção é o apoio familiar entre os grupos analisados. Se for utilizado como indicador a proporção de pessoas de 30 a 60 anos que ainda estão na casa dos pais, verifica-se que os paulistas contam com o apoio familiar por mais tempo, o que pode proporcionar a essas pessoas possibilidades melhores de formação profissional e inserção no mercado de trabalho. Continue lendo